Diário de Viagem - Dia 50

Bom dia!
Minha sexta começou bem cedinho: meu trem era às 7h. Tia Lu me levou até a estação e a viagem até Freiburg foi bem tranquila (leva mais ou menos uma hora). Chegando lá, achei a direção do Goethe no Google Maps (dava uns 400m da estação) e fui andando aproveitando a vista: a última vez que estive em Freiburg foi em 2014, e passeei só um pouco pelo centro, naquela ocasião. Achei o Instituto sem problemas, fiz meu “check-in” para a prova e esperei até o início dela, às 9h. Nessa parte da entrada, era um pouco parecido com ENEM: você deixava o celular em um pacote com seu nome e poderia pegar de novo na biblioteca, na hora do almoço. Desliguei meu celular, deixei lá e fui fazer a prova, que foi mais tranquila do que eu esperava. 
A prova é dividida em módulos, então fizemos primeiro “ler”, depois “ouvir”, e, por fim, “escrever”. Entre os módulos tínhamos um tempo de pausa, e o módulo “falar” era só a tarde. Quando terminei a última prova da manhã, fui buscar meu celular para avisar meus pais da prova da tarde (porque você só descobria o horário quando chegava lá, na sexta), perguntar se eles tinham conseguido sair de Köln, se poderiam me buscar, etc. Liguei meu celular e vejo a notificação: CHIP BLOQUEADO. Insira o PIN. Adivinhem, queridos leitores, onde estava o papel que tinha o PIN? Na gaveta do meu criado-mudo, em Oberkirch, claro! 
Primeiro, quase tive um chilique de desespero. Depois, fui até a secretaria para usar o telefone (obs. Descobri que alemães não gostam de emprestar o telefone hahaha). Liguei para o Papi, avisei sobre tudo e saí para almoçar, com a esperança de achar uma loja de operadora no caminho, para comprar um chip novo. 
Pelo jeito, ninguém em Freiburg sabia da existência de uma loja de operadora ali por perto (como assim, gente?!), então voltei para o Goethe e convenci a moça do escritório a me dar um login para usar Wi-Fi – acho que a minha cara de cachorrinho abandonado estava bem convincente hahaha. 
Fiz a prova de “falar”, e, quando terminei, conversei com o Papi e a Mami, que tinham conseguido sair de Köln às 13h, combinando que eu iria para Offenburg em um trem que sairia às 16h de Freiburg. Comprei a passagem pelo celular e fui para a estação (o que significava ficar incomunicável de novo). Assim que pisei dentro da estação, soou um aviso nos alto-falantes: ICE em direção ao norte, que passa por Offenburg, Mannheim (...), com cerca de 25 minutos de atraso, por causa de problemas técnicos. 
“Beleza”, pensei, “só porque estou há 5 minutos sem sinal no celular!”. Fui até o escritório da Deutsche Bahn, que era bem pertinho de onde eu estava, dentro da estação, e pedi a uma senhora para usar o telefone (ela foi bem mais simpática do que a mulher no Goethe!). Avisei meus pais de que chegaria quase meia hora mais tarde do que o previsto, e, como eu tinha tempo, fui até o Starbucks – a estação de Freiburg é enorme! – e aproveitei para tomar meu café preferido, Mocha White. Para a minha felicidade, o Starbucks (e o ICE, depois) tinham Wi-Fi, então consegui usar o celular! O trem, no fim, atrasou só 15 minutos do horário original, e cheguei em Offenburg sã e salva, às 17h! O Papi e a Mami tinham chegado em Offenburg apenas às 16h e pouco: se fosse combinado não dava tão certo! Hahaha
Fomos para casa, descansamos e comemos. De noite, ainda fui no cinema com a Júlia e a Feli, assistimos Jumanji (recomendo, é muito engraçado!). Foi um tempo bem legal <3
Ufa, acabou o relato do dia doido! 
Pensamento do dia: nunca me senti tão dependente de telefones e wifis alheios!
Abraços...

Fotos:

O amanhecer de dentro de um trem!


Pouco estrangeiro fazendo a prova... hahaha
Conheci um cara de Gana, uma mulher do Afeganistão, uma que nasceu no norte da África, um cara da Coreia do Sul...




Quase, uhul!


Amo demais <3

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